Segue, abaixo, elementos para reflexão e proteção de quem pensa das armadilhas pseudo sábias de um falso filósofo não formado, mas que, mesmo assim, se diz
professor. Após este, um link para um texto aprofundado sobre o "pensador" da extrema-direita e, logo depois, duas breves análises feitas por Breno Altman e Miguel do Rosário sobre o estilo e "conteúdo"
do ídolo dos coxinhas. Assim, esperamos que você se imunize ou evite de
ser um passivo leitor ou crente, como vários dos seguidores de Olavo de
Carvalho:
Segue-se o texto do jornalista Breno Altman, do Opera Mundi
A mão que balança o berço da violência
O Propósito de Olavo de Carvalho é semear intolerância e ódio contra ideias, organizações e vozes do campo progressista
Fonte: Opera Mundi
O
senhor Olavo de Carvalho faz parte de uma turma bem conhecida. A dos
trânsfugas, com suas mentes atormentadas e rancores insones. Talvez seja
o lobo mais boçal da alcateia, mas não está sozinho. Do mesmo clube
fazem parte Reinaldo Azevedo, Arnaldo Jabor, Demétrio Magnoli, Marcelo
Madureira e um punhado de outros. Foram todos, na juventude, militantes
de esquerda. Hoje são a vanguarda do liberal-fascismo.
O
único propósito deste filósofo de bordel é semear intolerância e ódio
contra ideias, organizações e vozes do campo progressista. A expressão,
no caso, não tem o objetivo de rebaixar os frequentadores de lupanários e
suas abnegadas profissionais. Apenas identifica um tipo clássico de
charlatão, capaz de dissertar sobre vários assuntos sem conhecer
qualquer um deles, para gáudio dos porcos que se refestelam com pérolas
de conhecimento rasteiro.
Sua primeira resposta ao artigo em que foi citado,
aliás, é bastante reveladora de personalidade e padrão intelectual.
“Fico no bordel olhando a sua mãe balançar as banhas diante dos
clientes, e aproveito para meditar o grande mistério do parto anal”,
escreveu o energúmeno. Não é uma gracinha? Tratado como professor e guru
por seus áulicos, a verdade é que não passa de um embusteiro.
Figuras
desse quilate normalmente deveriam estar relegadas ao ostracismo. O
degenerado Carvalho, porém, é representativo de valores e métodos das
forças de direita. Mentiroso contumaz, atua como menestrel a animar suas
hordas contra a democracia e a esquerda.
Calça-frouxa,
seu dedo não aperta o gatilho, mas vocifera mantras que estimulam a
violência e exaltam gangues fascistas como as que atacaram integrantes
do Foro de São Paulo na noite de ontem. Por essa razão, Opera Mundi decidiu publicar, com destaque, sua resposta. Nada mais daninho a um vampiro de corações e mentes, afinal, que a luz do dia.
O
alvo da ocasião é uma entidade que, desde a fundação, realiza todas as
suas reuniões de forma pública, abertas à cobertura de imprensa e até às
provocações de mequetrefes. Os integrantes são partidos que lideraram
revoluções populares, foram levados aos governos de seus países pelas
urnas ou estão na oposição a administrações conservadoras. As
agremiações mais antigas estiveram à frente, heroicamente, da
resistência dos povos da região contra ditaduras que provocam nostalgia
na canalha fascista.
O
degenerado Carvalho tem saudades dos tempos da tortura e do
desaparecimento, das prisões e assassinatos. Suas infâmias pueris para
criminalizar o Foro de São Paulo evidenciam seus pendores, mas também
denunciam desespero diante do avanço das correntes progressistas por
toda a América Latina. Contorce-se de ódio. Os cães sempre ladram quando
passa a caravana.
Quem
age na sombra e na penumbra, sem dar qualquer satisfação sobre como se
financiam ou se organizam, são as quadrilhas do submundo reacionário,
aquelas que se embevecem com a retórica dos vira-casacas e saem às ruas
para atos de agressão covarde. Navegam na cultura política gerada pela
máquina de comunicação do pensamento conservador, dedicada a
estereótipos e amálgamas contra a esquerda.
O
degenerado Carvalho não vale meia aspirina vencida, mas é parte de uma
súcia a qual já passa da hora de ser combatida sem contemporização. Essa
patota dedica-se a agredir reputações, inventar histórias e disseminar
cizânia, açulando os porões da sociedade e do Estado. Destruir o ovo da
serpente é indispensável para impedir que a violência fascista se
propague em nossa vida política.
O
filósofo tem o direito democrático de continuar sua cantilena no bordel
que bem desejar e o aceitar. Mas toda vez que levantar sua voz para
incitar o crime, ou gente de sua laia o fizer, a resposta deve ser
pronta e imediata. Nunca é tarde para a devida dedetização ideológica
dos vermes e insetos que funcionam como arma biológica do reacionarismo.
* Breno Altman é jornalista, diretor editorial do site Opera Mundi
Segue agora o texto de Miguel do Rosário
Olavão foge do hospício e aparece na Folha
Não lhes aconselho a ler o artigo
de Olavo de Carvalho, publicado hoje na Folha. Francamente, eu não
devia nem lhe dar atenção. Minha breve carreira de analista de mídia,
todavia, já me ensinou a não subestimar nem esnobar ninguém, sobretudo
os próceres do conservadorismo tupi. Eu uso essa intimidade, chamando-o
de Olavão, porque já briguei tanto com ele em minha trajetória – essa um
pouco mais longa – de blogueiro de esquerda, que sinto aquele carinho
exótico de um oficial de guerra por outro. Isso não me impede, porém, de
desprezá-lo profundamente. A ele e às suas ideias. A ele, porque ele é o
protótipo da desonestidade intelectual. Às suas ideias, porque são
positivamente fascistas, além de esquizofrênicas. Vamos organizar:
Desonestidade
intelectual. Em seu artigo na Folha, Olavo ensaia uma breve história
intelectual da USP. Começa razoavelmente. A partir do segundo parágrafo,
todavia, vemos os primeiros espamos da grave e melancólica epilepsia
ideológica de que sofre o filósofo. Seu erro nasce, como aliás é tão
comum em acadêmicos(?), da arrogância e esquematização com que trata
fenômenos históricos, políticos e mesmo psicológicos. Mas os delírios
realmente assustadores (maior característica do Olavão) ainda estão por
vir.
Na foto, Carvalho no seu papel de Astrólogo
O paroxismo da esquizofrenia olaval se mostra a partir do oitavo parágrafo, quando afirma que “bilionários globalistas passam a patrocinar movimentos esquerdistas por toda parte”. É uma afirmação completamente desvairada.
Aí
já temos um espetáculo deprimente: um filósofo brasileiro berrando
insanidades como um louco furioso num jornal de grande circulação
nacional. Sem a mínima preocupação de ater-se à realidade, Olavo repete
seus conhecidos chavões de que a mídia brasileira é esquerdista.
Conclui
o artigo dizendo que todo mundo no Brasil é esquerdista, aprova o uso
de maconha na USP e simpatiza com os radicais de ultra-ultra-esquerda
que ocuparam a reitoria. Todos partilham da “Ideologia”. Todos:
deputados, senadores, professores, reitores, ministros de Estado e
empresários de mídia. Sem explicar muito bem que sinistra ideologia seja
essa, o leitor é fatalmente levado a pensar que deve ser alguma
variação particularmente maligna do esquerdismo contemporâneo. Olavo
esqueceu, porém, de mencionar, dentre os que sofrem dessa doença, garis,
astrofísicos, jogadores de sinuca, viciados em crack e representantes
da indústria de tecidos.
Olavão
agora é presidente do Inter-American Institute for Philosophy,
Government and Social Thought, um nome bonito para associação dos
fascistas brasileiros doentes mentais que vivem de esmolas do Tea Party.
E
Olavo usava seu espaço na mídia, praticando todo o tipo de pilantragem
intelectual, para perseguir covardemente aqueles com os quais ele
discutia na internet. É, definitivamente, um crápula.
Para ler mais aprofundadamente sobre este pseudo "filósofo", clique neste texto: Resposta a Olavo de Carvalho
Nenhum comentário:
Postar um comentário