domingo, 11 de maio de 2014

O capitalismo até tentou matar, mas a Utopia é uma necessidade humana que permanece



Carlos Antonio Fragoso Guimarães

Despertemos para o fato de que os donos do mundo, seus mestres econômico-militares, conspiram para que sejamos apenas mais um ponto sem características distintivas, pois assim não se pode ameaçar as pretensas "autoridades".

A desculpa para o conformismo firma-se, no discurso da Direita, na ladainha alienadora que afirma que as coisas são assim e não se pode mudar. Que alguns serão os mandantes, a maioria, mandada, e que "fazer o que se gosta não é para todos, pois sempre haverá alguém para limpar as ruas". Esta é a lógica do conformismo. Que, assim, deve-se aceitar a realidade da desigualdade....

Mas será que não podemos pensar em como limpar a rua de outro modo? Que a rua, sendo pública, deve ser de responsabilidade de todos? Se fôssemos mais educados e menos consumistas, certamente as ruas seriam mais limpas e mais arborizadas.

Portanto, pensar num mundo melhor é a primeira etapa da ação para torná-lo melhor... Quanto mais ampla a melhoria, mais ampla deve ser o sonho de transformar a realidade.

Por isso, temos a presença constante, embora flutuante em diversos momentos históricos, da utopia.

Utopia que significa uma realidade a ser alcançada, ainda não existente, portanto U-TÓPICA, significando o não-localizado, mas que pode vir a ser ao menos tentado. É a busca por algo inexistente, mas que precisa ser construído.

O reconhecimento do inacabamento humano, de seu vir-a-ser, do seu potencial para mudar e transformar nos permite aceitar a Utopia como necessidade...

É ao se perceber que temos prazo de validade que podemos ser estimulados a fazer a diferença, a fazer uma diferente realidade aqui e agora....

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