domingo, 10 de maio de 2015

Janot: Há “elementos muito fortes” para continuar a investigação sobre Eduardo Cunha na Lava Jato


“Existiam (ainda existem e estão sendo reforçados) elementos muito fortes a justificar a instauração de inquérito para integral apuração das hipóteses fáticas específicas aqui versadas”, afirmou o Porcurador Geral da República, Rorigo Janot.

O artigo à seguir foi extraído da Revista Fórum:

Janot: Há “elementos muito fortes” para continuar a investigação sobre Cunha na Lava Jato


maio 5, 2015 13:24

Janot: Há “elementos muito fortes” para continuar a investigação sobre Cunha na Lava Jato
O procurador-geral da República rebateu os recursos do presidente da 
Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, e de mais quatro políticos de t
entativa de não serem investigados no STF
O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), havia solicitado o arquivamento
das denúncias contra ele no envolvimento com o esquema de corrupção na Petrobras.
Rodrigo Janot, o procurador da República, respondeu afirmando que existem “elementos
muito fortes” para continuar a investigação contra Cunha.
A manifestação foi encaminhada ao Supremo Tribunal Federal (STF). O peemedebista
alegou “fraude” no sistema de informática da Câmara, que o apontava como autor de
requerimento, protocolado pela então deputada federal Solange Almeida (PMDB-RJ),
incluindo-o no envolvimento de corrupção. Janot disse que foi “despropositada” a versão
de Cunha, e disse que não há “qualquer indício de fraude”.
“Existiam (ainda existem e estão sendo reforçados) elementos muito fortes a justificar a
instauração de inquérito para integral apuração das hipóteses fáticas específicas aqui
versadas”, afirmou Janot.
Cunha é investigado como beneficiário de recursos oriundos do esquema da Petrobras
com o PMDB. Em um episódio, na falta de um pagamento da Mitsui, empresa contratada
pela Petrobras, e consequentemente pela paralisação do repasse de propina, Eduardo Cunha
teria usado requerimentos da Câmara para pedir mais informações sobre os contratos, e
assim uma ferramenta para pressionar o pagamento da propina.
A informação está contida em delação do doleiro Alberto Youssef. “Malgrado até o momento
não tenha como precisar se os valores mencionados nos termos em questão foram entregues
diretamente ao deputado federal Eduardo Cunha, fato é que o colaborador Alberto Youssef
reiterou, e com razoável detalhamento, que Eduardo Cunha era beneficiário dos recursos e
que participou de procedimentos como forma de pressionar o restabelecimento do repasse
dos valores que havia sido suspenso, em determinado momento, por Júlio Camargo”, disse o procurador.
Mais, Rodrigo Janot disse que Cunha recebeu “vultuosos valores” de doação oficial de várias
empresas “diretamente envolvidas na corrupção de parlamentares”. “Não se pode querer
sepultar um esforço investigatório em seu nascedouro, quando há demonstração clara da
necessidade de diligências investigatórias”, definiu.
Recursos
Além de Cunha, Janot contrariou a tentativa de outros cinco políticos de arquivar os inquéritos
abertos no STF. O senador Antonio Anastasia (PSDB-MG), Edison Lobão (PMDB-MA), Valdir
Raupp (PMDB-RO), a ex-governadora Roseana Sarney (PMDB-MA) e o vice-governador da
Bahia, João Leão (PP) também foram rebatidos pelo PGR.
Todas as defesas alegam que não há “elementos mínimos” para a apuração. A decisão sobre
aceitar ou não os recursos é do ministro do STF Teori Zavascki, que solicitou, antes, a manifestação
de Janot. Esses recursos também podem ser analisados pela segunda turma da Corte, composta por
Teori e mais quatro ministros.
(Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

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