quarta-feira, 24 de agosto de 2016

Em "Jogo de Cena" visando proteger Golpistas (como várias vezes já demonstrou ), Gilmar Mendes "subitamente" descobre esquema da mídia e abusos da Lava Jato



Em defesa de Toffoli, Gilmar Mendes pediu para os procuradores de Sérgio Moro "calçarem as sandálias da humildade". E alertou: "Isso não vai prosseguir assim"
Jornal GGNApós o Painel da Folha divulgar que Gilmar Mendes, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) e presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), disse que Dias Toffoli foi alvo da Lava Jato depois de contrariar os procuradores em Habeas Corpus, Gilmar abriu guerra contra os investigadores: "é preciso colocar freios", defendeu, nesta segunda (23).

Gilmar seguiu a sua indignação com o vazamento das informações sobre a delação premiada do ex-executivo da OAS, Léo Pinheiro. Neste final de semana, a Veja divulgou que um dos trechos do acordo trata de suposto benefício oferecido ao ministro pela empreiteira em obra de infiltração em seu apartamento, mas que teria sido arcado pelo ministro.

Em defesa de seu colega, Gilmar Mendes reafirmou que o vazamento era "um acerto de contas", após Toffoli contrariar os procuradores, ao conceder um Habeas Corpus que retirou da prisão o ex-ministro Paulo Bernardo, além de ter desmembrado a investigação contra a senadora Gleisi Hoffman (PT-PR) na Lava Jato.

Para o ministro, os procuradores da Lava Jato "estão com o sentimento de onipresentes" e "decidiram fazer um acerto de contas". "O fatiamento por ele (Toffoli) decretado e esse habeas corpus no caso do Paulo Bernardo (ex-ministro preso em julho na Operação Custo Brasil, mas solto por ordem de Toffoli), isso animou os procuradores a colocar artigo no jornal e coisas do tipo", completou.

Gilmar foi além na crítica, acusando a equipe de "cometer abusos": "Quando você tem uma concentração de poderes você tende a isso, a que um dado segmento, que detém esse poder, cometa abusos". Segundo o ministro, é preciso tomar cuidado, pois "há o risco de se tornar algo policialesco".

O presidente do TSE também lembrou das 10 medidas contra a corrupção, propostas pelos procuradores da Lava Jato, que tramitam em projetos de lei no Congresso. "Isso [a Lava Jato] os animou a apresentar essas propostas de combate à corrupção. Ninguém é a favor da corrupção. Mas, vejamos, a proposta de que prova ilícita, obtida de boa fé, deve ser validada, a priori, tem que ser muito criticada e se negar trânsito. Imagine, agora, um sujeito que é torturado, ah, mas foi de boa fé", criticou.

Gilmar disse que "os procuradores" devem "calçar as sandálias da humildade", caso contrário "vira o Estado de Direito da barbárie".

E deu um alerta à equipe de Sérgio Moro: "Isso não vai prosseguir assim, a gente tem instrumentos para se colocar freios. É preciso colocar freios nisso, nesse tipo de conduta. No caso específico do ministro Toffoli, provavelmente entrou na mira dos investigadores por uma ou outra decisão que os desagradou. Isso já ocorreu antes no Brasil. O cemitério está cheio desses heróis. Mesmo no elenco dos procuradores. Ninguém pode esquecer de Guilherme Schelb, Luiz Francisco e tantos mais (procuradores acusados de abusos). Estamos preocupados, mas está dado o recado".

E, contrariando a própria chamada de moderação contra abusos, mostrou quem tem autoridade: "Se houver exagero alguém tem que puxar. O tribunal (STF) tem mecanismos para fazer valer a lei".

Ainda, após os pelo menos 13 vazamentos seletivos de delações contra políticos do PT e da base aliada de Dilma Rousseff e Luiz Inácio Lula da Silva, e sem nenhuma iniciativa por parte do Ministério Público Federal (MPF) ou da Justiça, Gilmar descobriu o papel da imprensa nas estratégias da Lava Jato: "A mídia está hoje em relação aos investigadores como um viciado em droga em relação ao fornecimento da substância entorpecente".
"Isso precisa ser colocado nos seus devidos termos. Vazamento tem em todo lugar. No caso do ministro Toffoli, a responsabilidade é clara da Procuradoria como um todo", concluiu, mostrando a diferença.

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