quarta-feira, 26 de outubro de 2016

Bob Fernandes: Eduardo Cunha, seu momento Supremo, e a história...



"Há um ano e meio Eduardo Cunha pilotou na Câmara uma Contra Reforma Política. Piorou o que já era péssimo.
Fez porque contou com apoio, ou silêncio cúmplice. Não apenas das ruas. Apoio mesmo daqueles que sabiam quem e o que Cunha era e representa.
Silêncio por falta de informação, ingenuidade, omissão. E pelo desejo dos que queriam enterrar governo e PT a qualquer custo."




Negociações para delações. Emílio, pai de Marcelo, diz que Itaquerão foi presente da Odebrecht para Lula.
O Cavalo de Tróia ou, como se diz, "um presente de grego"... O Corinthians deve, e terá que pagar, mais de R$ 1 bilhão pelo Itaquerão.
Nas prévias para delação a Odebrechet já citou também Temer, Serra, Mantega e Palocci, Romero Jucá, Moreira Franco e Geddel, entre outros mais e menos votados.
Se quiserem, outra delação parece inevitável: a de Eduardo Cunha. Embora muitos sejam contrários e alguns, de maneira reveladora e risível, esperneiem.
Cunha é inteligente, embora temerário. Homem que calcula, desde o surgimento das suas contas suíças sabia que seria preso se perdesse o mandato.
Calculista, planejador, sempre pensando no futuro, Cunha tinha múltiplas armas. Inclusive tecnológicas. Também por isso o pânico desatado por sua prisão.
Se chegar à delação, Cunha entregará calculando. Poupará não apenas os fiéis. Também quem possa ajudá-lo no momento ou num Poder futuro.
Se alguém o procurou prometendo, por exemplo, votos no Supremo, Cunha terá como revelar tal história.
Pouco importará se o vendedor de supostos votos Supremos falava por si mesmo ou por quem anunciava falar: bastará o estrago, a habitual condenação prévia nas manchetes.
Há um ano e meio Eduardo Cunha pilotou na Câmara uma Contra Reforma Política. Piorou o que já era péssimo.
Fez porque contou com apoio, ou silêncio cúmplice. Não apenas das ruas. Apoio mesmo daqueles que sabiam quem e o que Cunha era e representa.
Silêncio por falta de informação, ingenuidade, omissão. E pelo desejo dos que queriam enterrar governo e PT a qualquer custo.
Pouco importou e importa que fatos e delações já implicassem, impliquem na corrupção também a oposição e aliados.
Como pouco importava se o futuro seria construído com também atolados em propinodutos variados.
Por isso Cunha mandou e desmandou com escassas oposição e fiscalização. E mandou com os "Movimentos" a favor e sem panelas contra si.
Eleito presidente da Câmara, homem que calcula e planeja, Eduardo cunhou uma senha. Logo no primeiro dia prometeu:
-Aborto... e regulação econômica da Mídia só por cima do meu cadáver.

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